Estas eleições revestem-se de uma importância maior
do que a grande maioria dos sócios do
sindicato pensa. Porquê? Por algumas razões
que vale a pena enumerar:
O SBSI é o principal responsável pela negociação
salarial, negociação da Contratação
Colectiva, acompanhamento da gestão dos Fundos de
Pensões, etc;
O SAMS é propriedade do SBSI, que constituí o
maior operador do país, com características
sociais, na área da saúde;
O SBSI é o principal suporte e financiador da UGT
e da FEBASE (cerca de 700.000€/ano), sendo que os dirigentes do SBSI fazem
parte das cúpulas tanto da FEBASE como da UGT.
Torna-se, assim, mais explícita a importância
destas eleições. Quem ganhar terá o dever de:
1. Tratar e defender as condições de
trabalho e de vida de mais de 50.000 bancários
- activos e na reforma;
2. Desempenhar um papel decisivo na condução dos
destinos da UGT e da FEBASE e, por
conseguinte, influenciar a política laboral do
país, em benefício dos trabalhadores;
3. Gerir um sistema de saúde (SAMS) ímpar em
Portugal, pela sua finalidade, origem e dimensão empresarial de caracter não
lucrativo, que só neste ano de 2015 conta com um orçamento de 130 milhões de
euros.
Ganhar a direcção do SBSI tornou-se, desde muito
cedo, objectivo muito apetecível para as máquinas partidárias do PS e do
PSD, as quais conseguiram que alguns presidentes do SBSI transitassem para
deputados da Assembleia da República. Convém referir que o ponto
1 tem sido completamente descuidado por todas as direcções do sindicato
actuais e anteriores, absorvidos que estão quer nas carreiras políticas, quer
na influência sobre a UGT, quer no abuso de certos benefícios.
Estas práticas podem ter servido partidos e
carreiras políticas, bancos e empresas, mas não têm servido os
bancários. Com efeito, não temos aumento da Tabela Salarial há 5 anos; o
ACT está a ser negociado desde 2012, sem resultados visíveis e sem mobilização
dos bancários; nem os despedimentos na banca têm motivado os dirigentes a
reunir e a ouvir os bancários e nem sequer fazem o devido ruído na imprensa.
Os aparelhos destes dois partidos têm sido
corresponsáveis pela direcção do SBSI e, em aliança, vão mantendo o
poder, apesar do cada vez maior desinteresse dos
sócios, que nas últimas eleições manifestaram níveis de abstenção
elevadíssimos ( cerca de 70% ).
Dividem-se na Assembleia da República, mas unem-se
para tomar conta do Sindicato. Que interesses são estes? Ou têm medo do MUDAR?
Inverter o rumo, contrariar interesses obscuros, é
o nosso objectivo. Ser a alternativa, batermo-nos por condições de trabalho
dignas para os bancários, defendendo os direitos consignados na Contratação
Colectiva e garantindo um bom sistema de saúde para os sócios e suas famílias,
eis a nossas propostas.
É indispensável VOTAR, para MUDAR, porque o
Sindicato é de todos.