quarta-feira, 4 de março de 2015

Em Abril irão realizar-se eleições no Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas

Estas eleições revestem-se de uma importância maior do que a grande maioria dos sócios do
sindicato pensa. Porquê?  Por algumas razões que vale a pena enumerar:

 O SBSI é o principal responsável pela negociação salarial, negociação da Contratação
Colectiva, acompanhamento da gestão dos Fundos de Pensões, etc;
 O SAMS é propriedade do SBSI, que constituí o maior operador do país, com características
sociais, na área da saúde;
 O SBSI é o principal suporte e financiador da UGT e da FEBASE (cerca de 700.000€/ano), sendo que os dirigentes do SBSI fazem parte das cúpulas tanto da FEBASE como da UGT.  

Torna-se, assim, mais explícita a importância destas eleições. Quem ganhar terá o dever de:
1.  Tratar e defender as condições de trabalho e de vida de mais de 50.000 bancários  - activos e na reforma;
2. Desempenhar um papel decisivo na condução dos destinos da UGT e da FEBASE e, por
conseguinte, influenciar a política laboral do país, em benefício dos trabalhadores;
3. Gerir um sistema de saúde (SAMS) ímpar em Portugal, pela sua finalidade, origem e dimensão empresarial de caracter não lucrativo, que só neste ano de 2015 conta com um orçamento de 130 milhões de euros.

Ganhar a direcção do SBSI tornou-se, desde muito cedo, objectivo muito apetecível para as máquinas partidárias do PS e do PSD, as quais conseguiram que alguns presidentes do SBSI transitassem para deputados da Assembleia da República. Convém referir que o ponto 1 tem sido completamente descuidado por todas as direcções do sindicato actuais e anteriores, absorvidos que estão quer nas carreiras políticas, quer na influência sobre a UGT, quer no abuso de certos benefícios.

Estas práticas podem ter servido partidos e carreiras políticas, bancos e empresas, mas não têm servido os bancários. Com efeito, não temos aumento da Tabela Salarial há 5 anos; o ACT está a ser negociado desde 2012, sem resultados visíveis e sem mobilização dos bancários; nem os despedimentos na banca têm motivado os dirigentes a reunir e a ouvir os bancários e nem sequer fazem o devido ruído na imprensa.

Os aparelhos destes dois partidos  têm sido corresponsáveis pela direcção do SBSI e, em aliança, vão mantendo o poder,  apesar do cada vez maior  desinteresse  dos sócios,  que nas últimas eleições manifestaram níveis  de abstenção elevadíssimos ( cerca de 70% ).

Dividem-se na Assembleia da República, mas unem-se para tomar conta do Sindicato. Que interesses são estes? Ou têm medo do MUDAR?

Inverter o rumo, contrariar interesses obscuros, é o nosso objectivo. Ser a alternativa, batermo-nos por condições de trabalho dignas para os bancários, defendendo os direitos consignados na Contratação Colectiva e garantindo um bom sistema de saúde para os sócios e suas famílias, eis a nossas propostas.


É indispensável VOTAR, para MUDAR, porque o Sindicato é de todos.